Lula está querendo ver a sucessora nas ruas ou na rua? 23/06/2015
- REYNALDO ROCHA
Luiz Ignácio falou! Uma repetição enfadonha sobre a mídia que ele quer ver controlada e duas novidades.
Uma delas: quer que Dilma saía às ruas.
O que a afilhada deve dizer?
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Segundo o padrinho, é hora do beijo e do olho no olho.
Esta é a receita.
Seria cômico ver Dilma nas ruas olhando fixamente os olhos de quem reclamasse do estelionato eleitoral.
Pior: dando um beijo no cidadão indignado.
Esta é a receita de Lula.
Nada sobre a farsa ou o desastre anunciado que somos obrigados a vivenciar.
Um olhar profundo e um beijo.
É para isto que Lula quer ver Dilma nas ruas onde não pode pisar, pois sempre é acompanhada de um panelaço.
Estaria Lula tentando jogar Dilma aos leões?
É da natureza dele.
José Dirceu que o diga.
O segunda novidade é um mea culpa parcial.
Usa um majestático “nós” para definir o que é o PT.
Ele sempre recorre a esse “nós” faz questão de se excluir.
Quer dizer então que o PT está só interessado em cargos e empregos?
Foram os milicianos que hoje defendem suas sinecuras que inventaram este aparelhamento cruel, que colocou a meritocracia abaixo da contribuição partidária?
Ou o lulopetismo criou esse monstro que hoje Luiz Ignácio diz que precisa ser combatido?
Alguém enxerga um traço tênue de sinceridade nisto?
Está claro que Lula bate na cria (ou poste) e agora tenta dissociar-se do próprio PT.
Deixando cargas pelo caminho e tentando o impossível: isentar-se da responsabilidade.
Quer Dilma nas ruas para ser humilhada.
Não diz o que Dilma deveria dizer.
Nem o que fazer, exceto distribuir olhares intensos (olhos nos olhos) e beijos.
Nenhuma palavra sobre um caminho, o reconhecimento de erros, as correções necessárias, o bolivarianismo e outras barbaridades.
Que Dilma escute panelaços.
E agora, o lobista-mor (acima de “consultores de tráfico de influência e corrupção”, nova modalidade criada pelo PT ainda não tributável nos ISS da vida) diz que a companheirada que está pendurada nas tetas de qualquer cargo público, quer somente saber do emprego e do cargo.
É o caso típico do assaltante de bancos recriminando o trombadinha.
Nessa pantomima sem nexo ou lógica, resta claro uma motivação: medo da cadeia!
O líder máximo do PT abandonou a afilhada, o partido e quer que esqueçamos o passado.