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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Delação de empreiteiro da UTC deve dar origem a nova lista do Janot
28/06/2015 - Painel - Folha de S.Paulo

Vem aí uma nova “lista do Janot”.

Com a homologação da delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, o procurador-geral da República deve abrir nos próximos dias mais procedimentos.

Tanto podem ser outros inquéritos quanto diligências em investigações já em curso no Supremo Tribunal Federal.


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Apesar do enorme volume, auxiliares de Rodrigo Janot dizem que há investigações avançadas a ponto de já gerar denúncias, talvez ainda antes do recesso do Judiciário.

Dada a abertura de novas frentes de apuração, no Ministério Público Federal não se descarta a necessidade de que Janot tenha de convocar mais procuradores para integrar o grupo que o auxilia na Lava Jato.

Emissários de Pessoa procuraram advogados do PT desde sexta-feira para amenizar o tom dos primeiros vazamentos e dizer que o empreiteiro não relatou “pressão” para colaborar com a campanha de Dilma nos depoimentos.

Auxiliares da presidente apontam que Jaques Wagner (Defesa) se enfraqueceu na disputa por espaço no Planalto porque havia o temor de seu envolvimento no escândalo.

Ministros e coordenadores da última campanha de Dilma refutavam a acusação de que Pessoa foi pressionado a doar para a petista para não perder contratos.

“Quem está no governo nem precisa pressionar ninguém. O empresário doa porque tem perspectiva de se manter próximo”, admite membro do QG eleitoral.

Advogados da Lava Jato que pretendem pedir a libertação de seus clientes estão de olho na escala do plantão do Supremo no recesso. De 6 a 12 de julho, quem tomará decisões liminares será Celso de Mello.

Em abril, ele votou contra a concessão de liberdade condicional a Ricardo Pessoa e outros empreiteiros.

No resto do mês, o plantão será do presidente Ricardo Lewandowski, que não liberou ninguém no recesso do início do ano.

Com a pororoca das crises de popularidade, econômica e da Lava Jato, ministros criticam a ausência de João Santana, que está na Argentina e não tem nem aconselhado Dilma à distância.


  

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