capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 24/09/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.759.889 pageviews  

Falooouuu... Frases e textos para ler, reler, treler e guardar

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Infernos
18/07/2015 - Igor Gielow - Folha de S.Paulo

Brasília vive a progressiva inserção no quadro que representa o inferno no esplêndido tríptico "O Jardim das Delícias Terrenas", de Bosch.

Tudo está escuro e pesado, matizado apenas por lampejos oriundos do lume de regiões inferiores.

É nessas nesgas de luz trevosa que se encontram as pistas do que espera o mundo político.


PUBLICIDADE


O rompimento de Eduardo Cunha com o governo, de fato, já que de direito o é desde sempre, abre para o Planalto um portal infernal imprevisível.

Até aqui, Cunha manobrava entre estocadas e concessões ao governo, em oposição ao comportamento agressivo do seu companheiro na chefia do Senado, Renan Calheiros.

Agora, Dilma tem dois dos três próceres do PMDB contra si; o terceiro, seu vice Michel Temer, está constitucionalmente ao seu lado, por ora.

Note-se que não trato aqui de culpas.

Politicamente, Cunha sofreu um baque com a acusação de propina na Lava Jato, que o colocou na defensiva.

Até agora, está falando virtualmente sozinho, mas não contem com isso de forma indeterminada.

Fosse outro governo, cairia com relativa facilidade -- lembrem de Severino Cavalcanti e seu "mensalinho", Renan e seus rolos anteriores.

Mas falamos de Cunha, cuja sagacidade garantirá tom épico a qualquer embate.

E, principalmente, da gestão natimorta de Dilma 2, que se arrasta tal e qual zumbi de cinema.

Soa prematura a comemoração palaciana das agruras do deputado, como se um ano e meio de infortúnios sobre PT e governo, fora TCU, TSE e Lula sob inédita investigação, fossem apagados do nada.

Cunha ainda tem muito capital político para queimar, ao contrário de Dilma.

O enredo é complexo, e tem na Procuradoria-Geral da República ator central para determinar a velocidade da crise daqui em diante.

Institucionalmente, claro, é tudo uma tragédia sem fim e de uma opacidade desalentadora.

O cenário não inspira esperança para o país.


  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
14/08/2023 - NONO NONO NONO NONO
11/08/2023 - FRASES FAMOSAS
10/08/2023 - CAIXA REGISTRADORA
09/08/2023 - MINHAS AVÓS
08/08/2023 - YSANI KALAPALO
07/08/2023 - OS TRÊS GARÇONS
06/08/2023 - O BOLICHO
05/08/2023 - EXCESSO DE NOTÍCIAS
04/08/2023 - GUARANÁ RALADO
03/08/2023 - AS FOTOS DAS ILUSTRAÇÕES DOS MEUS TEXTOS
02/08/2023 - GERAÇÕES
01/08/2023 - Visitas surpresas da minha terceira geração
31/07/2023 - PREMONIÇÃO OU SEXTO SENTIDO
30/07/2023 - A COSTUREIRA
29/07/2023 - Conversa de bisnetas
28/07/2023 - PENSAR NO PASSADO
27/07/2023 - SE A CIÊNCIA NOS AJUDAR
26/07/2023 - PESQUISANDO
25/07/2023 - A História Escrita e Oral
24/07/2023 - ESTÃO ACABANDO OS ACREANOS FAMOSOS

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques