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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Uma reforma administrativa de mentirinha
25/08/2015 - Blog de Ricardo Noblat - O GLOBO

Dez ministérios e cerca de mil cargos. É isso o que a presidente Dilma Rousseff pretende cortar para fazer economia. Deu-se um prazo até o final de setembro próximo para cumprir a tarefa.

Não adiantou que ministérios pretende cortar. Pelo contrário. Disse que fará muitas consultas antes de eleger os 10 dentre os atuais 39.

Eram 14 no final de 1992 quando Fernando Collor foi deposto. Dois anos depois, no governo do presidente Itamar Franco, 28. Fernando Henrique Cardoso entregou 26 a Lula. Que entregou 37 a Dilma.


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É expressiva a economia que Dilma imagina fazer? Não. É desprezível. Trata-se de um gesto para que não se diga mais tarde que o governo não cortou na própria carne.

Mais tarde se dirá que o governo não cortou na própria carne, mas tudo ficará por isso mesmo.

São 22,5 mil os ocupantes de cargos de livre nomeação. Desses, seis mil foram admitidos sem concurso público. Só por indicação política. Por que Dilma não corta os seis mil cargos?

Porque não tem coragem para brigar com os políticos, donos deles. Por sinal, tudo o que Dilma anda precisando é de paz e de apoio de deputados federais e senadores.

Vai arranjar encrenca com essa história de cortar ministérios e cargos. O provável é que os empregados dos ministérios a serem cortados acabem transferidos para outros. É tudo de mentirinha.

Apenas cinco ministérios – Educação, Saúde Previdência Social, Desenvolvimento Social e Trabalho -- responderam por 89% dos gastos de custeio do governo de janeiro a maio último.

Ou seja: do total de R$ 312,8 bilhões aplicados no funcionamento da máquina pública, R$ 268 milhões foram consumidos por essas cinco pastas, segundo o site da BBC Brasil.

Se você não mexe em tais gastos, a maioria imexível porque estabelecida por leis, não economiza quase nada. Mesmo assim não será fácil economizar.

Há ministérios sem dono -- como os da Fazenda, Planejamento, Relações Exteriores e mais alguns. Seus titulares são indicados pelo presidente.

A maioria dos ministérios tem donos -- partidos e políticos. Os donos não vão querer abrir mão deles. Ser dono de ministério significa dispor de uma preciosa fonte para fazer negócios milionários.

Ao deixar o corte de 10 ministérios para final de setembro, Dilma deu tempo aos partidos e aos políticos para que se mexam e tentem impedir o corte dos seus.

Será uma batalha digna de se acompanhar.


  

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