CURTO & GROSSO

Edição de 11/09/2003

Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br

Ex-secretário Al Mallone tirou a barba, especialmente para depor no inquérito do Ministério Público Federal que apura as relações incestuosas de luas-pretas da tucanalha com o chefão do crime organizado em Mato Grosso.

A expectativa, agora, fica por conta de alguma mudança no lay-out do barbudo sumo sacerdote da Era Dantesca -- o presidenciável que virou motorista de madame --, também intimado a depor.

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Leitura dinâmica:
Gabriel pode deixar a Saúde...

Segundo o ex (?) Diário Oficial Cover, decisão foi tomada depois de uma “tensa” reunião com Bráulio Mággico.

Dr. Gabriel Novis... Tenso?!!!
Não conhecem meu ginecologista!

Sai porque não é de promover caça às bruxas, como exige a Turma da Botina...

...Nem faz o gênero troglodita...

...Menos ainda é capaz de conviver neste ambiente nazi-fascista que está tomando conta do governo Maggi.

Para quem não sabe, mesmo durante a ditadura militar, à frente da Reitoria da UFMT, Gabriel Novis nunca permitiu que qualquer professor ou funcionário fosse perseguido ou que a PM adentrasse o campus.

Pelo contrário: se tinha competência, independente de ficha “suja” no SNI, convidava para integrar o quadro da Universidade e bancava o jogo, colocando o próprio pescoço em risco.

Esse é o meu ginecoloista!

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Depois de oito anos no governo, caravana do PSDB percorre o interior com o objetivo de “levantar prioridades”, visando a “elaboração de um diagnóstico” sobre a realidade...

Só rindo!

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Pois é...

Conforme suspeitávamos desde o início, a suástica na logomarca do governo tinha mesmo sua razão de ser...

Coube a Mato Grosso o “privilégio” de fazer os primeiros presos políticos no Brasil desde a Anistia e fazer ressurgir, através de orquestração na mídia, o mesmo clima vigente durante o Regime Militar e o Estado Novo.

A babação é a mesma, a lembeção de cu é a mesma e a censura só não é a mesma porque é muito mais feladaputa, mais “eficiente”, vamos dizer assim, tentando calar as vozes discordantes através da censura econômica -– direta e indiretamente.

Só faltavam os presos políticos.

Não falta mais.

Quantas agressões houve no último final de semana, inclusive de natureza mais grave?

Quantos estão processados ou foram presos?

Só os rapazes foram detidos e processados depois que um deles jogou a torta na cara do governador...

Sintomático, não?!!!

Pobre pode se agredir, se estraçalhar e se matar à vontade.
Um apressado registro no BO é tudo

Já quando é o ricão, é o todo-poderoso o alvo, mesmo que não tenha sofrido ferimento algum...

...Quanta diferença!

Movem-se céus e terra para prender e condenar os “antipatriotas”...

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Falar em “antipatriotas”...

Julian Figueras Dorado Rodrigues, um dos estudantes detidos por conta da torta na cara do governador, é filho do economista Enio Dorado -- cacerense dos bons, preso em Ibiúna no congresso da UNE, só libertado meses depois de um calobouço na Bahia, graças ao desassombrado jurista Sobral Pinto, contratado pela família.

Julian também traz nas veias a herança de luta do avô, já falecido, Inácio Dorado Rodrigues -- um baluarte na luta contra a repressão na fronteira, juntamente com seus tios Pedro, Zeca, Edmar, Émerson e Inácio Filho – este último jornalista no Rio -- todos referenciais na defesa da liberdade e da democracia.

Como se pode ver, tem sangue bom o menino.

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E por falar em Sobral Pinto...

Alguém viu a OAB por aí?

Durante a ditadura, a OAB estava lá, firme, no toco...

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O e-leitor quer mais um prova da empulhação?

Basta consultar o site oficial -- boomdasoja.gov --, que está lá com todos os esses e erres:

Sindicato dos jornalistas manifesta apoio a Maggi...

Não foi nada disto que o Rodrigo Vargas foi fazer no gabinete do governador.

Aliás, a própria matéria contradiz a manchete.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas esteve com Maggi para manifestar a preocupação da categoria no sentido de que o caso da torta não viesse a servir de pretexto para cercear a liberdade dos colegas profissionais.

O tal “apoio” a Maggi correu por conta do secretário Geraldo Caixa Preta, querendo tirar o seuzinho da reta, claro...

Ora, se houve o incidente – felizmente sem maiores conseqüências --, isto aconteceu por culpa exclusiva da Secom, que não credenciou ninguém para a solenidade e deixou todo mundo que estivesse com uma câmara ou com uma caneta e um bloco de papel na mão subir ao palanque oficial.

Vamos ver como reage o Rodrigo Vargas diante desta empulhação, utilizando sua imagem e a figura institucional do Sindicato.

Vai deixar passar batido?
Não vai exigir retificação?

Nem a tucanalha ousou tanto!

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