Em lugar de reconhecer os erros e exageros cometidos no decorrer da operação -- que em certos momentos se assemelha a uma cruzada --, alguns procuradores e investigadores acabam de revelar sua disposição de divulgar uma nova avalanche de denúncias, com o objetivo de neutralizar os efeitos das críticas que vêm sofrendo e que, para eles, fazem parte de uma ofensiva para desmoralizá-los.
Se têm conhecimento de ilícitos, sua obrigação de ofício é revelá-los às autoridades judiciárias – e não usar tais informações para valorizar suas posições. Não fica bem que ajam como pessoas incompreendidas e injustiçadas.
Hoje é o Dia Mundial e começa a Semana do Meio Ambiente -- uma feliz coincidência, porque até a próxima sexta vamos homenagear o maior benemérito da causa -- aquele mesmo para quem a floresta é uma "coisa morta"; encomenda "pesquisas científicas" para provar que botar fogo na mata faz um bem danado para a Natureza -- árvores, animais silvestres, insetos, solo e qualidade do ar -- e que, graças a tais iniciativas já foi mimoseado com o cobiçadíssimo troféu "Motosserra de Ouro".
Contudo, não é desta virtude peregrina de ex-Soja Majestade que trataremos nesta segunda, mas do quanto o elemento é querido assim na Terra como nos Céus. Sim! Também no Plano Superior, principalmente depois que passou a perna na Santa Padroeira do Brasil, valendo-se de promessa -- não cumprida --, quando. em 2002, disputou e ganhou a primeira, que seria a última, eleição para o governo do Estado de Mato Grosso. Qual o que! Uma vez aboletado no Paiaguás, virou profissional do ramo.
Da pior qualidade, claro, a ponto de até o PMDB -- que congrega a fina flor da velhacaria nestepaíz -- não o acolheu em suas fileiras. Viu-se obrigado a permanecer no PP, pois pretendia fazer da legenda um trampolim para o Ministério da Agricultura e turbinar ainda mais os negócios de seu grupo. Aliás, como ocorreu na Era Lula, quando trocou, pelo DNIT, a Secretaria Estadual de Educação de porteira fechada -- com a garantia da companheirada de que não haveria greves nem invasões em seus latifúndios.
Particularmente uma ocorrência, entre tantas, é emblemática para demonstrar sua absoluta falta de caráter: a demissão sumária do senhor Cloves Vetoratto, assim que soube que o homem -- pedra angular sobre a qual foi erguido seu império -- estava com câncer galopante. Nunca vimos mais gordo o citado cidadão, porém tal feladaputice só não se consumou porque chamamos a atenção para a patifaria. Chegou, inclusive a anunciar em entrevista coletiva a substituição do melhor e mais fiel amigo de seu pai.
Se naquela que seria única gestão aproveitou o cargo para pavimentar todas as MTs que dão acesso ou atravessam suas incontáveis propriedades, na segunda, já com o funcionário do grupo, o intrépido supermarinheiro Pagot dando as cartas em Brasília, consolidou a posição da Amaggi entre as "campeãs nacionais" por conta da cessão de portos na Capital de Rondônia, em Humaitá e Itacoatiara (AM) e Miritibuba (PA). Liquidou as locais e passou então a peitar as transnacionais do agronegócio.
CONTINUA AMANHÃO
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EFEMÉRIDE JUNINA
Há um ano o Saite Bão não recebe o que lhe é devido pela Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso. Por certo, o luminoso presidente deputado Nunseiquelá Botelho -- que não se cansa de mandar releases, mesmo sabendo que não publicamos, nem quando paga em dia, por se tratar de promoção pessoal, via de regra, enganosa --, quer sair na Coluna Social de Dona Generosa, que vem a ser o Cartório de Protestos de Títulos e Documentos. Simples assim.
PRESTENÇÃO!!!
TEM NOVA ENQUETE
EM NOSSA 1ªPÁGINA
VÔOOTE!!!
Grande produtor de alimentos, energia e fibras, o Brasil é uma potência em preservação ambiental, com mais de 66% de seu território recoberto por vegetação nativa.
E esse número sobe para quase 75% quando agregadas as áreas de pastagem nativa do Pantanal, do Pampa, da Caatinga e dos Cerrados.
Toda a produção de grãos (milho, arroz, soja, feijão...), fibras (algodão, celulose...) e agroenergia (cana-de-açúcar, florestas energéticas...) ocupa 9% do País.
Os agricultores preservam mais vegetação nativa no interior de seus imóveis (20,5% do Brasil) do que todas as unidades de conservação juntas (13%)!
PRESTENÇÃO!!!
TEM NOVA ENQUETE
EM NOSSA 1ªPÁGINA
VÔOOTE!!!
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Comentário de haroldo assunção (hrassuncao@hotmail.com) Em 05/06/2017, 14h33
ITACOATIARA
Caro Marquês,
O porto de Itacoatiara foi presente do ex-governador amazonense, Amazonino Mendes. Só para lembrar: em 1995, Blairo Maggi resolveu criar o próprio corredor de exportação – para o quê precisava de um terminal graneleiro às margens do rio Amazonas -, a fim de reduzir os custos operacionais via Porto de Paranaguá (PR). O então governador Amazonino Mendes criou à época uma subsidiária da Companhia de Investimentosd do Estado do Amazonas (Ciama) – a Ciamapar Investimentos e Participações S.A. – que, fundida à Hermaggi Agroindustrial Ltda, do Grupo Amaggi, originou a Hermasa Navegação da Amazônia Ltda. Paralelamente, o governo do Amazonas investiu mais de US$ 8 milhões na construção do Terminal Portuário Privativo Misto de Itacoatiara, inaugurado em 1997. Naquele ano, Amazonino Mendes conseguiu autorização da Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas para vender as ações que o governo possuía na Hermasa – o negócio seria feito com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mas quem comprou a firma foi Blairo Maggi – o Grupo Amaggi pagou R$ 29 milhões, em dez parcelas, por 49% das ações. Isso depois que o Estado do Amazonas havia inv estido cerca de R$ 80 milhões na empresa. De lambuja, Maggi também levou o Terminal de Itacoatiara
Ministro tem de abrir mão da relatoria nesse caso, que nem petrolão é; sua proximidade com pessoas da J&F o desabilitam a ser um árbitro tão generoso, não é mesmo?