O que o Datafolha traz de mais evidente é que a onda pró-Bolsonaro se move, embora não numa velocidade que permita a alguém dizer que a vitória no primeiro turno é provável.
Ainda não! Mas é possível. O PT ter visto Jair Bolsonaro disparar sem lhe fazer oposição constituiu um erro grave.
Tal crescimento passou a acenar para a possibilidade, ainda que remota, de liquidar a fatura agora.
Mais: um desempenho muito robusto no primeiro turno já deixa um belo capital para uma eventual disputa no segundo.
Aqui, não se ouve falar na conquista de um Prêmio Nobel de Literatura ou de ciência, na obtenção de um mero e desmoralizado Oscar ou na láurea de uma esquálida Palma de Ouro.
(A única, obtida em 1962, foi produto do trabalho isolado de um ex-porteiro de cinema e do talento pessoal de um galã de chanchadas da Atlântida, Osvaldo Massaini e Anselmo Duarte, ambos desprezados pela intelectuária cabocla).
No entanto, em contraposição, basta abrir um reles jornal de bairro e nele se encontrarão dezenas de membros da corporação exigindo milionárias verbas públicas para consecução de seus projetos pessoais.
Ministro do STF age como militante partidário ao desafiar até colegas de tribunal a amplificar a voz de Lula na semana da eleição, mas o bom senso prevaleceu e o petista perdeu mais uma.
Álvaro Dias tem sido o único, entre os que comparecem a debates, a chamar a atenção sobre as denúncias de corrupção envolvendo os governos Lula e Dilma, do PT, investigadas na operação Lava Jato.
O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, continua fazendo críticas genéricas aos governos do PT, mas sem mencionar a roubalheira investigada na Lava Jato, talvez para não ser cobrado sobre o envolvimento de tucanos.
O presidenciável Jair Bolsonaro ampliou a sua vantagem sobre os concorrentes na disputa pelo Palácio do Planalto, aponta o Datafolha.
Ele tem agora 39% dos votos válidos, que excluem brancos, nulos e indecisos, a 11 pontos percentuais do patamar para a vitória no primeiro turno, a três dias para o primeiro turno.
O petista Fernando Haddad manteve-se estável na segunda posição isolada, com 25% dos votos válidos. Ele está empatado com Bolsonaro na simulação de segundo turno.
No pelotão inferior, se mantiveram estáveis Ciro Gomes (PDT), com 13% dos válidos, e Geraldo Alckmin (PSDB), que registrou 9%.