CURTO & GROSSO

Edição de 29/03/2005

Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br

Só pra chatear 1... ou mais:

Site Bom – agora Super Site Good – está sob censura política no Brasil, com manifestações de repúdio de todos os segmentos sociais no país inteiro, à exceção, claro, de nossos valorosos – e bota “valorosos” nisto! -- representantes nos parlamentos municipal, estadual e no Congresso Nacional.

Só pra chatear 2... ou mais:

Já não fazem Barros como antigamente.

Só barro – no sentido lato.

Entenda o caso:

Em condições políticas bem mais adversas – plena ditadura militar, início do governo do general João Figueiredo, aquele do “prendo e arrebento!” -- quando da invasão e empastelamento do jornal “Correio da Imprensa”, em 11 de fevereiro de 81, dos três senadores e oito deputados federais de Mato Grosso...

...Apenas um, o sempre corajoso Gilson de Barros, teve peito para denunciar a truculência no Congresso.

Desta vez, ninguém.

Acontece...

Em Mato Grosso acontece...

Só pra chatear – 3... ou mais:

Que tal os organizadores da “Feira do Pantanal”, só para efeito didático, tipo assim: para mostrar como é que não se faz...

...Reproduzir em painéis fotográficos as mansões construídas ilegalmente sobre a lâmina dágua da Baía de Siá Mariana, pelos bem–aventurados da Era Dantesca...

...Os aterros – também ilegais -- erguidos pelo grupo Camargo Corrêa e pelo Sesc/Pantanal, nos pantanais de Poconé e Barão de Melgaço e que desafiam a competência de sucessivos governos...

...Ou, então, painéis com imagens de satélite, mostrando a devastação nas nascentes e que provocam a agonia dos principais rios formadores do Pantanal?

Fica a sugestão.

Só pra chatear – 4... ou mais:

Bem a propósito:



Dando seqüência à série Mato Grosso só no nome, confira na imagem acima a dimensão do desastre ambiental no município de Alto Garças -- outra região onde ocorre o fenômeno das ¨águas emendadas¨ -- ou seja: nascentes, bem próximas, de rios que correm para bacias hidrográficas distintas.

Como o próprio nome indica, na região estão as nascentes e formadores dos rios Garças -- que deságua no Araguaia -- e também do Itiquira, principal afluente pela margem esquerda do São Lourenço e formador dos pantanais de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Só pra chatear – 5... ou mais:

As poucas manchas verdes que aparecem nas fotos de satélite que estamos publicando na série Mato Grosso só no nome, em sua quase totalidade, são pastagens.

Só para chatear – 6... ou mais:

¨Governador Blairo Maggi já fez a primeira reunião com o procurador Pedro Taques e o juiz federal Julier Sebastião da Silva para tratar dos entraves da Hidrovia Paraná-Paraguai. Só com aval da Justiça, o governo levará o projeto adiante”...

Ora, ora, ora, ora!...

Até segundo aviso, o governo de Mato Grosso é réu no processo que resultou no embargo da hidrovia.

Well...

Se a moda pega, logo, logo teremos promotores e juízes tratando, com os próprios réus, dos “entraves”, vamos dizer assim, à libertação ou “liberação” de condenados...

...Como o ex-comendador João Arcanjo Ribeiro – só para citar um exemplo.

Francamente!

Só pra chatear – 7... ou mais:



Repare bem nessas imagens do Papa agonizando em praça pública, em pleno domingo de Páscoa.

São só para lembrar que não mudamos a enquete de nossa página inicial.

Só pra chatear – 8... ou mais:

Está redondamente enganado quem acha que os frigoríficos prejudicam apenas os pecuaristas.

Os criadores são lesados na balança, no peso e no preço, mas o povão também é enganado.

Isto acontece todas as vezes que o consumidor vai ao açougue ou ao supermercado e compra qualquer tipo de carne bovina.

Entenda o caso:

Na embalagem ou nos balcões não há nenhuma diferenciação de preço entre a carne de boi e as de vaca e de búfalo, que os frigoríficos pagam 20% mais barato e vendem 20% mais caro.

Só nesta “esperteza” – que o Procon faz questão de não ver – lá se vão 40% de lucro.

Como bom criador (de casos), voltaremos ao tema pecuaristas versus frigoríficos, que têm margem de sobra para pagar melhor aos pecuaristas, sem aumentar o preço ao consumidor final.

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