CONTRAPROPAGANDA & QUEJANDOS Advogado do Diabo
OU SAÚDE NÃO TEM PREÇO!
Antes de ir ao tema em pauta, algumas considerações sobre a Substância Análoga a Governador – PTX, claro – e à conjuntura política estadual. Sacumé: dia 7 de abril vence o prazo para desincompatibilização, o que – é inevitável – irá provocar as mexidas mais significativas no tabuleiro político-administrativo, até a decantação do cenário nas convenções.
Por disputar outro cargo, o vice Carlos Fávaro, pré-candidato ao Paiaguás, por exemplo, terá de decidir se caga ou desocupa a moita. O mesmo se dá com os secretários com mandato parlamentar, sendo que o das Cidades – aquele tipinho mentiroso militante e caloteiro praticante que também arrenda mandato – é caso bizarro, para náum dizer calhorda.
Incluindo dois décimos-terceiros, a contar de novembro de 2016, quando assumiu o posto com a promessa de reiniciar as obradas do VLT em março passado – a chuva, justificou, impedia de fazê-lo imediatamente – terá extorquido do suplente, Jajah Neves, qualquer coisa parecida com R$ 1.250.000. Fulgura, portanto, na "catiguria" dos milionários.
Em compensação, W$ verá o irmão lombrosiano, Elias, após edificante passagem pela presidência da Metamat – foi demitido por crime eleitoral em 2016 –, desalojado também da improvisada Secretaria de Gestão da Assembleia, onde se acha homiziado, por caracterizar nepotismo. O "Boca de Jacaré", porém, não será abandonado sozinho na chapada.
Pelo contrário. Durante a campanha, irá promover caravanas da transformação ao único legado da Era do Grampo: o primeiro balneário do mundo, o da Salgadeira, onde será proibido... tomar banho. Reaviva-se assim a "Operação Cecê" desencadeada no pleito de 2002, com o bônus de nem fazer sexo, a fim de "concentar todas as energias" na eleição.
POIS BÃO...
Nas agências de publicidade – sérias, evidentemente – aquelas ideias geniais do Departamento de Criação são submetidas, antes da veiculação, a um ser a quem se convencionou chamar de "advogado do diabo". Cabe a ele aprovar ou desconstruir o troço, para evitar "pérolas" que virem memes em prejuízo à imagem e/ou ao bolso do cliente.
Descuram desse mister, em razão da proliferação dos tais departamentos de marketing nas empresas e das secretaria de comunicação na gestão pública, em tese, encarregados de escoimar possíveis vacilões. Aí sai página inteira nos jornais com anúncios tipo "Analfabeto! Isto lhe interessa!", aliás como já aconteceu aqui mesmo nestes tristes trópicos.
Por certo, não houve outrora, como não há maldade agora – apenas ingenuidade – na campanha pró-Santa Casa de Cuiabá sob o mote "Saúde não tem preço". Ter não tem, porém, tem alto custo, quase sempre; altíssimo, às vezes. Sabendo-se que o governo do Estado é caloteiro contumaz nas instituições benemerentes – outra tara do senhor PTX?...
...Sem ressalva, convenhamos, é dar muita sopa para o azar.
Setores carentes da sociedade talvez se sintam mais seguros com alguém que posa de provedor de condições mínimas para sua subsistência, ainda que, em tudo mais, represente permanência na miséria.
Setores privilegiados da elite funcional e empresarial brasileira devem a Lula muito dinheiro fácil, ainda que isso represente o caos e prisão ali adiante.
Não se confunda, então, o povo brasileiro com Lula e vice-versa. Lula não representa o povo e não representa a elite porque a fruta estragada não significa o cesto e, menos ainda, a feira.
Melhor: emenda da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), relatora do texto, estabelece que as verbas geradas pelas multas NÃO SERÃO LEVADAS EM CONTA para atender à exigência constitucional de aplicação de um percentual mínimo de recursos na saúde.
Até quando escrevo, pobre daquele que ficar com a edição da sessão de ontem do Supremo que está sendo oferecida por boa parte da imprensa profissional. Infelizmente, ela não se distingue muito do lixão das redes sociais.
No confronto entre Gilmar Mendes e Roberto Barroso, por exemplo, só um tinha argumentos: Mendes. Só um tratou de questões relativas à Constituição e às leis: Mendes. Só um abordou matéria própria a um tribunal constitucional e, excepcionalmente, penal: Mendes.
Só um usou a palavra para ofender e agredir: Barroso. Só um atendia a uma agenda que não está na Carta: Barroso. Só um pôs sua bile a serviço da mistificação: Barroso.
Quem já leu o que ele escreve, quem sabe o que ele pensa, quem acompanha a sua trajetória sabe do que ele é capaz.
Hoje, às 13:13, só para tumultuar o processo, claro!
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Comentário de HAROLDO ASSUNÇÃO (hrassuncao@hotmail.com) Em 22/03/2018, 11h01