ABRE-SE A JANELA!
E COMEÇA O "TROCA-TROCA"
O LÍDER DO PSDB, NILSON LEITÃO, TENTA SEGURAR, PELO
"MENAS" A BANCADA QUE JÁ TEM, MAS TÁ DIFÍCIL, MIZIFIO!
A legislação eleitoral diz que só é possível mudar de partido, sem risco de perder o mandato, quando houver incorporação ou fusão do partido; criação de novo partido; desvio no programa partidário ou grave discriminação pessoal.
Porém, em 2015, o Congresso incorporou a possibilidade de desfiliação, sem justificativa, durante a "janela" em ano eleitoral, ou seja, desde a última quinta-feira, até o dia 7 de abril.
Com as mudanças trazidas pela reforma política, o candidato à Câmara dos Deputados poderá gastar, no máximo, R$ 2,5 milhões.
O líder do PSDB na Câmara, Nilson Leitão (MT), defende que os políticos não mudem somente por questões financeiras. O partido trabalha para manter os 46 deputados, a terceira bancada da Casa, atrás de MDB e PT.
Cármen Lúcia, presidente do Supremo, cedeu à pressão dos que pretendem ver o petista no xilindró e não pautou nem para o mês de abril as duas Ações Declaratórias de Constitucionalidade que pedem que o tribunal reconheça a presunção de inocência até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória — como, diga-se, está na Constituição — nem o habeas corpus preventivo impetrado pela defesa de Lula.
E o TRF-4 já emitiu sinais de que terá celeridade recorde também na resposta aos embargos de declaração, o que pode acontecer ainda neste mês de março. Aí virá a cadeia.
Condenado pelo tribunal a 12 anos e um mês, começará a cumprir a pena em regime fechado.
Ministros podem levar ao pleno, sem autorização prévia de Cármen, habeas corpus de outros condenados, o que forçaria uma rediscussão sobre a jurisprudência, mas, ainda assim, a eficácia seria duvidosa, uma vez que não se trata de ação de efeito vinculante.
A única chance de Lula não ser preso daqui a pouco estava mesmo na votação, antes da execução provisória da pena, do HC preventivo ou nas ADCs. E isso não vai acontecer.
Na última terça, dois dias antes de se lançar pré-candidato ao Planalto, Rodrigo Maia (DEM-RJ) fez um bate-volta a São Paulo para discutir “a economia do País” com o ex-ministro Delfim Netto. O encontro não foi registrado na agenda oficial de Maia.
O ex-ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento foi alvo da 49.ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada ontem, e teve sua casa e o escritório vasculhados pela PF. A Justiça também bloqueou R$ 4,4 milhões das contas dele.
A propósito: oito deputados do DEM informaram ao partido que vão esperar até junho para saber se continuam com a candidatura de Rodrigo Maia ao Planalto ou aderem à campanha de Jair Bolsonaro.
No grupo de democratas fiéis a Bolsonaro estão Luiz Mandetta (MS), Alberto Fraga (DF) e Onyx Lorenzoni (RS).
Este último vai além. Lorenzoni quer propor uma aliança entre o DEM e o PSL. Sugere que Maia seja lançado como vice de Bolsonaro.
Apenas quatro dias após da deflagração da terceira fase da Carne Fraca, a Trapaça, que teve como alvo a BRF, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, gravou ontem um vídeo diretamente da linha de processamento de suínos da empresa, na unidade de Concórdia, em Santa Catarina, vestindo trajes de segurança sanitária e capacete que leva o logotipo da empresa.
"Gostei muito do que vi. Dá mais tranquilidade e segurança para o consumidor final", afirmou, sem entrar em detalhes.