Mato Grosso serviu de palco e cenário a duas disputadas eleitorais encarniçadas desde a a reintrodução das eleições diretas, ambas protagonizadas pelo agora candidato a estadual Júlio Campos, da esquadra de Várzea Grande.
A primeira, em 1982, quando enfrentou o padre salesiano Raimundo Moreira Pombo (MDB) e o professor João Monlevade (PT), e a segunda, em 1998, que teve como adversário o candidato à reeleição Dante Martins de Oliveira.
Monlevade não pagou nem placê: teve oitocentos e poucos votos, apesar de sua campanha ter contado com o próprio Lula – então candidato ao governo de São Paulo – que veio a Cuiabá participar de uma "carroceata".
Já contra o sacerdote setentão, aos 35 – idade mínima para disputar o pleito – Djulinho passou porqueira. A diferença foi de cinco mil votos, sendo que boa parte das urnas do Vale do São Lourenço, onde o religioso era mais forte, sumiram.
Uma delas foi achada anos mais tarde em poder do "djulinheiro" Gilmar Fabris numa das tantas operações policiais de que tem sido alvo. Porém, não foi só esta a razão que levou Pombo à derrota, mas sua, digamos, plataforma.
Pregava o ilustre prelado o incentivo à produção do pequi – em verdade, o retorno à fase da coleta – na terra do boi em pé, do arroz em casca e da madeira em toras, no auge da migração de colonos do Sul, desde lá, interessados em soja.
A soma de rejeição a Júlio e Carlos Bezerra, em 98, e bererá aúfa – FHC era o presidente-recandidato – resultaram na reeleição de Dante – pouco ou nada a ver com a "hora da virada", o slogan criado pelo marqueteiro Duda Mendonça.
Ressalte-se que aquela foi a primeira e única vitória do PSDB, até hoje, no Estado. Tanto o Magrão quanto Taques, concorreram ao primeiro mandato pelo PDT de Brizola. PTX, portanto, tentará repetir o feito do ícone das Diretas-Já.
Não vamos fazê-lo, até porque seria sapatear no caixão de DMO estabelecer qualquer tipo de comparação com o esse-lentíssimo senhor doutor José Pedro Gonçalves Taques, agora e ainda governador, em três anos e caquerada.
E olhe que somadas as duas passagens da Turma do Tênis pelo Paiaguás, o legado não é lá nenhuma Brastemp, a começar do tremendo vacilão que vimos aqui, ao triplicar o duodécimo dos demais poderes. O "Ouvidor" fez pior.
Com um certo (?!!!) "Orçamento Real" jogou pela janela quaisquer possibilidades de agiornamento em caso de frustração de receita. Um desastre, com viés de hacatombe, devido ao total descontrole de gastos. Faniquitos à parte.
A zorra era tamanha, até a recente chegada de Teco Müller, no Planejamento, e, sobretudo, de Gabriela Novis Pereira Lima, na Procuradoria, ao ponto de pôr Mato Grosso em risco de intervenção federal – veja o "boato das onze".
Claro que, como de hábito, vai culpar a bancada no Congresso e o governo federal – é seu esporte predileto – por ficar na volta de fora da verba para Segurança. Jamais irá admitir que também nesta área o "pobrema" é de gestão.
E que compete a ele, comandante-em-chefe da PM, acabar com o absurdo de se chegar ao topo da carreira – caso do "marechal" Eumar Novacki – sem ter passeado de viatura e ser apresentado a um bandidão, sem colarinho branco.
O último fiapo de esperança de sair do fundo do poço é privatizar estradas, com a cobrança de pedágio um ano após a assinatura do contrato. É lógico que os consórcios vão dedicar esse tempo à construção de praças de arrecadação.
Isto é coisa que se faz em início de mandato. Implantar tal "benefício" em plena campanha não passa de harakiri político, pois o eleitor enfrentará a buraqueira estatutária pensando em vingar desde já as várias facadas que virão...
A rigor, segundo fonte do BNDES, só um Estado ainda tem condições de tomar dinheiro emprestado, que é o Espírito Santo, e, assim mesmo, muito pouco.
Agora, imagine Mato Grosso de PTX, que esta semana esteve ameaçado de intervenção federal pelo Supremo, por conta de calote numa dívida de míseros mil reais...
O pesquisador da Embrapa Pantanal, Ivan Bergier, um dos autores de estudo publicado na terça-feira na revista Nature Communications, revela a descoberta de dois novos vírus gigantes no Brasil.
Ambos pertencem a novo gênero batizado de Tupanvirus e têm o genoma muito sofisticado, jamais encontrado em qualquer outro vírus, o que poderá levar a uma revisão da classificação dos seres vivos.
Um deles foi achado no sedimento de uma salina localizada em uma fazenda ao sul do Pantanal da Nhecolândia, em Corumbá (MS), e o segundo, muito similar ao primeiro, em sedimentos marinhos coletados por um robô da Petrobras, a cerca de 3 mil metros de profundidade, na região da Bacia de Campos, litoral do Rio.
Luíz Fachin acata petição de Rachel Dodge e inclui o presidente Temer em inquérito, contra a Constituição. É outra do Partido da Polícia.
Na decisão, Fachin estende a investigação por mais 60 dias. A razão é simples: não há nem mesmo um testemunho que dê conta de que o presidente sabia daquilo que dizem ter acontecido, a saber: a promessa de doação de R$ 10 milhões, de forma irregular, para o PMDB.
Os Partidos da Polícia não querem deixar respirar os Partidos da Política.