Uma oposição “propositiva” ao governo de Jair Bolsonaro é o que prometem alguns partidos de esquerda que já começam a se organizar com vista à próxima legislatura. Não por acaso, esse bloco excluirá o PT e sua linha auxiliar, o PSOL.
Para os petistas, nada que não tenha sido ditado pelo PT tem legitimidade. E à medida que foi sendo desossado pelas urnas e pela Justiça, o partido de Lula da Silva recrudesceu seu autoritarismo, expondo cada vez mais seu desespero.
Para Jair Bolsonaro, foi ótimo: Sérgio Moro é um homem respeitado, de alto nível, e agrega prestígio a ele – que, embora eleito com esplêndida votação, ainda enfrenta problemas de credibilidade, e bem nos setores em que Moro é totalmente aceito.
O ex-ministro José Dirceu de Oliveira e Silva, ou Zé Dirceu, admite que a esquerda precisa aprender com os protestos populares que depuseram Dilma Rousseff em 2016 se quiser voltar ao poder.
De acordo com o petista, a resistência popular nas ruas se faz necessária agora.
“Temos que apreender com os coxinhas. Organizar o povo e fazer o que eles fizeram, colocando nas ruas seis milhões de coxinhas ou de setores conservadores das classes médias que se opunham ao governo – o que é legítimo”.
Ao aceitar o convite de Jair Bolsonaro para chefiar o Ministério da Justiça, Sergio Moro obteve o compromisso tácito do presidente eleito de indicá-lo para uma poltrona no Supremo Tribunal Federal logo que surgir uma vaga.
Moro levou para o encontro o livro “Novas Medidas Contra a Corrupção”. Contém um pacote de providências que o futuro ministro planeja incluir na "agenda anticorrupção e anticrime organizado" que prometeu adotar.
Ironicamente, uma das propostas proíbe Bolsonaro de indicar Moro para a Suprema Corte.