Que mané Glória que nada! Uma baita feladaputice, isso sim! Três anos e três meses depois, cá estamos a lamentar mortes por rompimento de barragem de refugo de minério – às centenas, desta vez. A mesma empresa, as mesmas Geraes, outros nomes e números a engrossar as estatísticas.
Não aprendemos nada com Mariana? Por outra: para usar mantra bem ao gosto do PT, no poder quando se deu a tragédia, "eles" – a Vale do Rio Doce e sócios multinacionais, as ditas "autoridades competentes", o Ministério Público Federal, na lama – nada "tiraram" da primeira e trágica lição?
Preocupante é que toda encenação se repete como outrora – altíssimas multas, o congelamento e o sequestro de fundos, fortíssimas "providências urgentes", a fim de reparar danos ambientais e assegurar socorro material e financeiro aos sobreviventes e a familiares de vítimas fatais. Parece replay.
Da última vez – pelo menos se imaginava que assim fosse – passada a "febre", bastou o caso migrar para o rodapé do noticiário, até desaparecer, para, com aquele fito, criar-se uma ONG, controlada pela própria mineradora, é claro, para gerir um fundo bilionário – casualmente, no valor das multas.
Mais: um Termo de Reajustamento de Conduta obrigou as vítimas do distrito de Fundão – local do desastre – e também pescadores e ribeirinhos prejudicados ribeirões e rios abaixo, até o estuário, no Atlântico, a abrir mão do direito de acionar a empresa culpada ou, então, enfrentar a lentidão da Justiça.
Resultados: 1 - o "Fundão de Cima" – conjunto habitacional que seria construído para dar um novo lar aos moradores, ainda não saiu do papel, 39 meses passados. 2 - Taí outra catástrofe, esta no superlativo. Em Verdade, em Verdade vos pergunto: eles são ou não são um bando de feladapuuuutas?
Talvez haja um ou outro probleminha com a imprensa brasileira de hoje. Um deles é que a mídia está começando a revelar sintomas de Alzheimer, ou de alguma outra forma de demência ainda mal diagnosticada pela psiquiatria.
O promotor de Justiça Guilherme de Sá Meneghin, responsável há mais de três anos por dar assistência às vítimas do rompimento da barragem de Fundão em Mariana (MG), afirmou que os responsáveis por episódios como o que voltou a acontecer em Brumadinho (MG) na última sexta-feira, 25, devem ser punidos com “tranca”.
De acordo com ele, as tragédias devem ser entendidas como crimes e não acidentes.
A decisão foi adotada hoje logo cedo durante uma reunião extraordinária do conselho de administração, que deliberou também suspender o programa de recompra de Vale de suas próprias ações, assim como do pagamento de remuneração variável (bônus) aos executivos da mineradora.
Um grupo de cerca de 130 militares médicos, engenheiros, bombeiros e técnicos de Israel começa a trabalhar nas primeiras horas de hoje (28) nas operações de resgate na região de Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte.
Os israelenses trouxeram equipamentos modernos para rastreamento, com capacidade de captação de imagens e detectores de vozes e ecos.