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CURTO & GROSSO

Inscreva nosso RSSEdição de 05/12/2001

Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br


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O escritório do vice-governador Rogério Salles anda bem mais movimentado desde que revelamos aqui a possibilidade legal dele vir a ser o candidato do PSDB ao governo do Estado na eleição de 2002.


São empreiteiros, fornecedores -- inclusive de opinião --, ocupantes de cargos DAS, políticos e lideranças da Capital e do Interior, convencionais, pessoas, enfim, que antes passavam batido diante da sala do vice e que agora não perdem a oportunidade de, pelo menos, dar uma passadinha ou arriscar um telefonema.


Uma passadinha rápida, evidentemente, só para marcar presença, porque não têm a mínima intenção de desagradar o ainda governador Dante de Oliveira nem ao candidato oficial do tucanato, Antero Pés de Barro -- aquele que mente até sob juramento.


A tendência é que a agora minguada agenda de compromissos do vice-governador vá engordando à medida em que emagrece o tempo de mandato de Dante...


... Até atingir o ápice em abril, quando Rogério Salles será efetivado no cargo e o atual manda-chuva será reduzido a apenas mais um dos tantos pretendentes a uma vaga no Senado...


... e dia em que o ainda candidato oficial passa a ficar na dependência de uma decisão de Salles no sentido de disputar a eleição e ir à convenção partidária na condição de candidato-nato.


Também para não desagradar os atuais detentores do poder, analistas políticos "independentes" a serviço de Pés de Barro comentam à boca pequena que Salles não tem a menor chance de tentar permanecer no Palácio Paiaguás porque é conhecido apenas na região de Rondonópolis, onde sucedeu na prefeitura o atual senador Carlos Bezerra (PMDB).


De fato, Salles é pouco conhecido agora. Agora, bem entendido. Mas, a partir de abril, o simples exercício do cargo vai se encarregar de tornar seu nome conhecido e, mais importante, um nome com o poder de materializar favores.


A transformação, a partir de abril, será radical. Mídia, lideranças político-partidárias, empresariais e, claro, os inefáveis "fornecedores de opinião" vão se encarregar de achá-lo cada vez mais bonito, lustroso, gostoso... Poderoso, enfim.


O mesmo vai acontecer com relação à futura primeira-dama.


A propósito, nem sei se Salles é casado, mas, se for, a esposa -- não conheço, pode até ser um bucho amarrado pelo meio -- será a pessoa mais simpática e agradável deste mundo...


Estará formado, assim, o caldo de cultura ideal para que alguma liderança tucana mais entusiasmada acabe lançando "espontaneamente" a candidatura de Salles e aí... Bau-bau Pés de Barro. Se é que Pés de Barro -- aquele que mente até sob juramento -- conseguirá ter empuxo para permanecer candidato até lá.





   

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