CURTO & GROSSO

Edição de 11/12/2003

Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br

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Em entrevista ao ex(?) Diário Oficial Cover, secretário Geraldo Caixa Preta se diz contra a extinção da Zecom.

Escolheu o lugar certo e a hora errada para suas lamúrias.

Entenda o caso:

O grupo Gazeta&Planeta, que edita o ex?) Diário Oficial Cover, foi construído com dinheiro público – repassado pela Zecom – nos governos Jota Veríssimo e no do “imbatível” presidenciável que virou motorista de madame.

Aos borbotões, a grana chegava ao grupo através da agência DMD/Oliveira, que “vencia” todas as “concorrências” – qualquer coisa parecida com 40 milhões de reais/ano...

...Graças ao senhor Geraldo Caixa Preta, cuja agência, a Z-8, invariavelmente, nas tais "concorrências", apresentava um preço bem maior.

"Perdia", mas, em compensação, ficava com a conta do Detran – a segunda maior da administração pública estadual.

É por esta razão que o dono da Z-8 e agora secretário não abre a caixa preta da Zecom nem a pau: está lá dentro.

“Natural” -– vamos dizer assim --, que ambos defendam com unhas e dentes a manutenção da Zecom.

Afinal, foram tão felizes juntos...

Não foi sem motivos, portanto, que o grupo Gazeta&Planeta foi o escolhido para a primeira visita de cortesia que Geraldo Caixa Preta fez ao ser indicado para a Zecom.

A coisa era tão escandalosa, tão escancarada, tão descarada, que sempre antecipamos o resultado da tal “concorrência” e, durante a febre da privatização, defendemos aqui e alhures que a privatização deveria começar pelo jornal, emissoras de rádio, estação e repetidoras de TV do grupo Gazeta&Planeta...

...Expressão, aliás, que acabou sendo indevidamente apropriada pelo então candidato Blairo Maggi, durante a campanha, sem qualquer consulta a este pobre marquês...

...Que até agora não foi procurado pela Turma da Botina para o pagamento dos devidos royalties.

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Falar em Geraldo Caixa Preta, passou praticamente batido episódio ocorrido logo após a solenidade de transmissão do cargo, há dez dias, quando a vice, Iraci França, assumiu interinamente o governo.

Foi assim:

Logo após oficializada a transmissão do cargo, no salão nobre do Palácio Paiaguás, Maggi convidou a valorosa -- e bota "valorosa" nisto! -- para uma coletiva, a fim de expor as razões da viagem aos Estados Unidos.

Geraldo Caixa Preta atalhou para “explicar” que a coletiva não seria concedida no gabinete, porque Maggi “não era mais governador”.

Puto, Maggi “fuzilou” o secretário com um olhar de quem comeu (soja) e não gostou e dirigiu-se ao gabinete, onde concedeu a entrevista, assistida com cara de tacho pelo (ainda) secretário Geraldo.

Consta que durante a interinidade de Iraci França, Geraldo Caixa Preta só não retirou a foto oficial de Maggi da galeria – como fez com as de Rogério Sales e do ex-excelentíssimo presidenciável que virou motorista de madame -- porque o todo-poderoso Luiz Antonio Pagot não deixou.

Ontem, por conta da tal entrevista, Geraldo Caixa Preta levou outra traulitada.

Em nota oficial, o governador do Estado desautorizou "qualquer membro que compõe seu staff a (sic) se manifestar publicamente sobre o projeto de reforma administrativa, ainda em elaboração e discussão interna.”

Pior: a nota foi distribuida pela Zecom.

Em condições normais de temperatura e pressão, "qualquer membro que compõe seu staf" teria pego o boné e tirado a botina...

Mas, apesar da humilhação, Geraldo Caixa Preta continua firme como um prego na areia.

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2004 vem aí e nada de Bráulio Mággico falar em reduzir o ICMS sobre as tarifas de água, luz e telefonia -- o mais caro do país –, conforme o prometido durante a campanha.

A desculpa – furada -- para roer a corda foi o Orçamento para este ano de 2003, elaborado, segundo a Turma da Botina, pelo governo anterior.

Desculpa furada e esfarrapada, claro, porque tão logo ficou conhecido o resultado da eleição, em um gesto de grandeza, o então governador Rogério Sales mandou retirar o Orçamento da Assembléia e deixou a Turma da Botina absolutamente à vontade para fazer as modificações que entendesse convenientes.

Vamos ver qual a desculpinha que vão arranjar agora para manter as alíquotas delirantes de ICMS, também em 2004.

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Falar em telefonia, o e-leitor também foi lembrado para contribuir com o Natal da Brasil-Teletom?

Entenda o caso:

Nove meses depois, recebemos uma fatura extra de R$ 9,07, referente -– segundo a Brasil-Teletom -– a ligações realizadas ainda nas águas de março.

Evidente que, tanto tempo depois, ninguém é capaz de lembrar se fez ou deixou de fazer alguma ligação e, para não ter o telefone cortado por conta de uma merreca, acaba pagando.

Acontece que essa "merreca", multiplicada por milhões de usuários, representa um reforço de caixa também milionário, justamente quando a empresa tem que pagar o 13º.

Bom...

No tempo que homem dançava com mulher, esse tipo de coisa chamava-se golpe...

...Agora, virou “esquecimento”...

Fazer o quê?

Pagar e não bufar.

Para aferir se se trata de um caso isolado ou de algo deliberado, estamos com uma enquete a respeito na página inicial.

Vôte!

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Falar em golpe...

Não colou a proposta -– indecente -– do governador Blairo Maggi, no sentido de dar férias coletivas aos servidores públicos nesta época de Natal e Ano Novo.

Se aceitassem, teriam descontados das férias convencionais os dias que, normalmente, a maioria folga de qualquer maneira -– com ou sem férias coletivas.

Exigir isto dos DASs, daquela gente bronzeada que desfruta dos maiores salários e de toda sorte de mordomia, ainda vá lá...

... Não fazem a menor falta mesmo.

A propósito, durante as férias do governador, a partir de janeiro, os secretários Luiz Antonio Pagot, Valdir Teiss e Marcos Machado vão permanecer no toco...

...Com um olho no gato (ou seria na gata?) e outro na sardinha.

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Mais golpe:

Empresários estão rebendo telefonemas, solicitando "parceria" para "projetos culturais".

O vivaldino identifica-se como sendo o compositor Roberto Lucialdo, sub-secretário de Cultura...

...Que está sabendo agora da história.

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Anote e depois confira:

Conselheiros Valter Albano e José Carlos Novelli voltam ao topo do noticiário nos próximos dias.

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Falar em Arca de Noé...

(Quem é que falou em Arca de Noé aí, gentem?!!!)

...Senador Antero Pés de Barro, embora citado como beneficiário com recursos para campanha eleitoral, repassados por empresas do comendador João Arcanjo Ribeiro, ainda não foi convidado para prestar esclarecimentos ao Ministério Público Federal.

A propósito:

Para valorizar o passe, vamos dizer assim, Pés de Barro vai segurar até quando for possível a papelama referente às contas CC-5, obtida nos Estados Unidos pela CPI do Banestado...

...Se bem conheço meu gado.

Entenda o caso:

Trata-se de nitroglicerina pura...

Algo capaz de abalar os alicerces da República.

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Falar em Senado...

Imprescindível a leitura de pronunciamento do senador Jefferson Péres (PDT-AM), no qual faz uma espécie de obituário do Parlamento.

Tá no Site Bom, claro.

Onde mais poderia?

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Voltando à província:

Amarelinhos de Roberto França estão fazendo um strike neste final de ano. Nem parar rapidamente para alguma pessoa descer o motorista pode, sob pena de ser multado.

E o ex-vibrante deputado Sérgio Ricardo – antes tão atento às questões do trânsito, até virar o candidato do prefeito – mudo como um peixe...

Sem discurso desde a adesão ao PPS de França e Maggi, Sérgio Ricardo, agora tenta improvisar um nova muleta.

Diz que, se for eleito, motorista vai pagar uma merreca para abastecer o carro, graças ao gás canalizado.

Entenda o caso:

Se Sérgio Ricardo não for eleito, vai acontecer a mesmíssima coisa...

...Pela simples e boa razão de que implantação do gás canalizado independe de quem seja o prefeito.

Só rindo!

Kkkkkk!

Another time!

Kkkkkk!
Kkkkkkkkkk!
Kkkkkkkkkkkkkk!

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E por falar em voltar à província...

O empresário Jorge Pires de Miranda -- pré-candidato do PFL à Prefeitura da Capital desembarca na próxima segunda-feira...

...A fim de se preparar para a guerra, marcada para começar depois das águas de março.

Considerando que todas as pesquisas de intenção de voto apontam que pouco mais de 20% dos eleitores da Capital definiram o voto...

...Considerando que os três candidatos "favoritos" andam patinando há meses ao redor do mesmo percentual...

...Considerando, ainda, que o candidato do PSDB vai ter que dividir o palanque com a Arca de Noé...

...Considerando, também, que o candidato do PPS está completamente sem discurso...

...Considerando que o candidato do PT -- seja quem for -- vai ter que defender a "garfada" em aposentados, pensionistas e a penalização dos servidores públicos...

...Considerando que os servidores públicos municipais, estaduais e federais, bem como os pensionistas e aposentados já vão para um década sem reajuste salarial...

...Considerando que o que não falta em Cuiabá é servidor público, aposentados e pensionistas...

...Considerando que nenhum dos três candidatos "favoritos" empolga o empresariado...

...Considerando que o PFL, historicamente, sempre obteve na Capital no mínimo 20% dos votos...

...Considerando, finalmente, todos esses e ene outros considerandos...

...A eleição para a Prefeitura de Cuiabá, conforme estamos afirmando desde o início, comporta e promete muitas surpresas.

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