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CURTO & GROSSO
Edição de 20/07/2001
Marcos Antonio Moreira
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Cerca de 30 mil consumidores -- residenciais e comerciais -- correm o risco de ter a luz cortada, em agosto, porque não reduziram o consumo de energia em 20%, conforme impôs o governo. No interior do Estado, outros milhares de consumidores estão na mesmíssima situação.
São consumidores que ocupam imóveis que estavam desabitados, em reforma ou fechados por qualisquer outros motivos no período estabelecimento pelo governo como parâmetro de consumo permitido.
Todos procuraram justificar a razão do não enquadramento na meta de estabelecida, mas não conseguiram fazê-lo em razão de uma pane no telefone 0800 da Rede/Cemat, provocada pelo excesso de ligações simultâneas, no período estipulado para as explicações devidas.
A maioria, em razão do trabalho, também não dispõe de tempo para enfrentar longas e demoradas filas diante dos escritórios da Rede/Cemat e agora correm o risco de serem penalizados só porque pifou o telefone da permissionaria dos serviços de distribuição de energia.
Também contribuiu para elevar o numero de consumidores agora sob risco de ter a energia cortada o alegado "prestígio" do governador do Estado junto ao presidente da República e ao ministro do Apagão, Pedro Parente.
Irresponsavelmente orquestrada pela Secom/MT, a mídia amestrada induziu a população a acreditar no infundado prestígio de S. Excia, dando como praticamente certo o atendimento de pedido do governador de deixar Mato Grosso fora do programa nacional de racionamento.
Durante os últimos anos, o governador Dante de Oliveira tentou tirar dividendos políticos "vendendo" a ilusão de que Mato Grosso seria autosuficiente em energia.
A Presidência da República descartou anteontem qualquer possibilidade no sentido de deixar Mato Grosso fora do programa, alegando que todos os investimentos no setor energético, em Mato Grosso, foram realizados com recursos federais.
A resposta do governo federal desmonta outra farsa amplamente difundida pela mídia amestrada e fornecedores de opinião, que atribuíam ao Plano de Metas do governador do Estado os investimentos realizados no setor.
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