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CURTO & GROSSO
Edição de 24/02/2002
Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br
00:00
Exatamente uma semana depois de denunciado pela Folha de São Paulo, o caso dos 165 empréstimos fantasmas realizados em nome de supostos servidores da Assembléia Legislativa de Mato Grosso foi destaque na edição desta sábado do Jornal Nacional da Rede Globo.
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Na reportagem, realizada pelo repórter Fernando Parracho, o primeiro-secretário da AL se diz tão inocente quanto o banco que realizou a estranhíssima transação.
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Por coincidência, o caso foi levado ao ar logo depois de exibida reportagem sobre o seqüestro dos bens do ex-senador Jader Barbalho, determinada pela Justiça Federal de Tocantins.
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Em um e outro casos a denúncia foi oferecida à Justiça pelo procurador da república Pedro Taques.
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Estranhamente, porém, o autor da denúncia -- cujo nome, Aldemar Ribeiro, é "segredo público" desde o início da história -- fez questão de "manter o anonimato".
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A reportagem, que exibiu farta documentação, só pecou pelo fato de "informar" que o denunciante nunca trabalhou na Assembléia de Mato Grosso, sendo que já foi funcionário da casa.
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Fantasma, mais foi.
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À medida que se aproxima o fim da Era Dantesca, as colunas dos fornecedores de opinião e o próprio "noticiário" está repleto de "informações" e comentários acerca das "orientações" que o governador Dante de Oliveira está deixando para o sucessor, Rogério Salles.
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A impressão que fica é a de que o vice, para essa gente, não passa de um paspalho, um bestalhão, um parvo...
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... Enfim, um camarada incapaz de gerir os negócios do Estado, sem recorrer ao script deixado por Dante.
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Que Dante e seus luas pretas desejam e a mídia amestrada e os fornecedores de opinião torcem para ver o vice, mesmo depois de assumir definitivamente o cargo, transformado em apenas uma marionete, um fantoche, um mamulengo ou em um boneco de ventríloqüo do atual governador, está mais que evidente.
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Agora, se isto vai acontecer, mesmo, já é outra conversa.
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O senador Carlos Bezerra pensou exatamente o mesmo quando entregou a Prefeitura de Rondonópolis na mão de seu vice -- o mesmíssimo Rogério Salles -- e acabou quebrando a cara.
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