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HOJE NA HISTÓRIA
21 de Outubro
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1884
É definitivamente organizada nesta capital a “Associação Literária Cuiabana”, sendo nessa data eleita a sua primeira diretoria que ficou assim composta:
Presidente — Antônio de Paula Correa
Vice-presidente — Joaquim José Ferreira da Silva
1º Secretário — Francisco Correa da Costa Sobrinho
2º Secretário — Antônio Modesto de Melio
Tesoureiro — Antônio Joaquim de Faria Albernaz.
A idéia da fundação de uma biblioteca, que cujo fim era o de proporcionar leitura variada aos associados, partiu de um grupo do qual faziam parte Pedro Cândido Jarcem, Francisco Correa da Costa Sobrinho, Flávio de Mattos, Antônio Modesto de Mello, Antônio Joaquim de Faria Albernaz, João da Silva Pereira e Joaquim José Torquato.
A sede da associação foi, originariamente, no pavimento térreo do sobrado, à Rua 11 de Julho (hoje Pedro Celestino), residência de Pedro Candido Jarcem e atualmente Administração dos Correios, e a contribuição de cada sócio era fixada em 500 réis mensais.
Aumentando o número de sócios, passou a "Associação Literária” a ter existência oficia!, sendo transferida para uma das dependências do edifício da Câmara Municipal, no antigo largo da Sé, agora praça da República, gratuitamente cedida para esse fim.
A biblioteca teve então e a seguir um largo período de engrandecimento, fortalecida pelo concurso dos intelectuais daquela época e pela sua prosperidade financeira. Já por esse tempo a contribuição de cada sócio era de 1$000 mensalmente.
Possuía crescido número de obras, e também mobiliário próprio, embora modesto; o salão de leitura da “Associação Literária” apresentava simpático aspecto e nele realizaram-se reuniões que ficaram memoráveis, entre as quais a da fundação da "Sociedade Beneficente da Santa Casa de Misericórdia”.
Por motivo ainda não suficientemente justificado, a Câmara Municipal veio mais tarde a exigir o compartimento ocupado pela “Associação”, e que foi demolido, passando ela a funcionar à Rua
Antônio João, de onde foi transferida para a Rua 13 de Junho.
Decadente, visivelmente decadente, a sua extinção teria se efetivado, se João da Silva Pereira não tivesse solicitado, do governo, permissão para ocupar uma das dependências do edifício da Inspetoria de Higiene, à Rua Dr. Joaquim Murtinho nº 8, onde se acha em plena agonia.
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