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HOJE NA HISTÓRIA
26 de Outubro
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1840
É festejada, em Cuiabá, a notícia, chegada na tarde anterior, dos acontecimentos políticos de 23 de julho do mesmo ano, que determinaram a proclamação da maioridade de D. Pedro II.
O presidente da província, capitão Antônio Correa da Costa, acompanhado de todas as autoridades civis e militares, dirigiu-se às 9 horas da manhã à igreja da Sé, onde o vigário geral do bispado, na ausência de D. José Antônio dos Reis, celebrou um Te Deum em ação de graças. Finda a cerimônia religiosa houve cortejo em balácio, dando a tropa em formatura três descargas. A Câmara municipal
reuniu-se em conselho e, incorporada, saiu percorrendo as principais ruas da cidade, parando por fim em palácio. À noite, todas as casas iluminaram as frentes e uma grande massa popular saiu à Rua dando vivas ao Imperador, ao presidente e ao deputado matogrossense Antônio Navarro de Abreu, que foi uma das figuras mais salientes nos fastos da maioridade.
1894
Aparece na vila de Nicaque o primeiro e, até agora, o único jornal ali publicado. Intitulava-se A Voz do Sul, sendo redator o Dr. João Cláudio Gomes da Silva, e impresso na antiga tipografia de A Situação, adquirida em Cuiabá, pelo coronel João Ferreira de Mascarenhas.
A orientação do novo árgão foi assim traçada: "Somos alheios a toda e qualquer seita religiosa; mas, convencidos apesar da diversidade das partes doutrinárias, de que todas as religiões partem do mesmo princípio, que é a moral, voluntários apresentamo-nos como sectários desse alto princípio social sendo, a nossa divisa, a divisa do desinteresse: para a sociedade, pela sociedade.
"Republicanos de princípios, para nós a República é a chave que coroa a abóbada desse grande edifício de conquistas político-sociais. Que a República é o único governo que pode fazer a felicidade do povo brasileiro: eis as nossas convicções.
"Trabalhar pelo engrandecimento da pátria matogrossense em todo o terreno; defender os interesses estaduais, nas questões de interesse geral e batermo-nos pelo interesse do sul em todas as questões em que ele for envolvido: eis o nosso programa".
A Voz do Sul teve curta existência, sendo em 1898 empastelada a respectiva oficina e o material atirado no rio Nioaque. O autor desse feito selvagem recebeu o cognome de Onça Preta.
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