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HOJE NA HISTÓRIA
07 de Novembro
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1897
Falece na cidade do Rio de Janeiro o Dr. João Severiano da Fonseca. Nascido no Estado de Alagoas, a 27 de maio de 1535, foram seus pais o tenente-coronel cirurgião do exército Manoel Mendes da Fonseca o D. Rosa da Fonseca.
Formado em medicina, e tendo entrado para o corpo de saúde, faleceu no posto de general. Como membro da comissão demarcadora de limites com a Bolívia, percorreu um grande trecho da fronteira ocidental de Mato Grosso, entrando pelo rio Paraguai e saindo pelo Madeira.
Espírito culto e observador, da sua longa viagem escreveu o magistral trabalho “Viagem ao Redor do Brasil”, que é o mais completo e valioso livro que tem se ocupado deste Estado.
Casado com uma cuiabana, filha do coronel João dAlincourth Sabo de Oliveira, a Mato Grosso dedicou afeto impossível de ser ultrapassado.
Sócio do Instituto Histórico Brasileiro, do Instituto Arqueológico de Pernambuco e da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, deixou em manuscrito um Dicionário Geográfico de Mato Grosso, já por vezes referido neste trabalho.
1911
Falece no Rio de Janeiro o coronel Generoso Paes Leme de Souza Ponce. Filho do alferes José Ponce Martins e D. Corsina Romana de Souza Ponce, nasceu Generoso Ponce nesta capital, a 10 de julho de 1852. A sua vida pode ser assim condensada:
Os primeiros anos passou-os no forte do Príncipe da Beira, do qual seu pai era comandante. Em 1865, com 13 anos, alistou-se voluntário da pátria na guerra do Paraguai. Da guerra saiu com o posto de 1º sargento cadete. Terminada a guerra, dedicou-se, nos primeiros tempos, à lavoura, depois, ao comércio. Em 1870 entrou para a casa comercial do barão de Casalvasco, em 1871, casou-se com D. Maria de Almeida e desse matrimônio teve dois filhos, Palmiro Ponce, falecido como alferes do exército e D. Adelina, esposa do coronel João Pedro de Arruda. Tendo enviuvado, contraiu novas núpcias, em 1878, com D. Marianna Vaz Guimarães. Desse matrimônio nasceram os seguintes filhos: Josephina, esposa do Dr. Celso Pasini; Alice, esposa do capitão tenente Alvaro Amarante Peixoto de Azeredo; Julieta, esposa do capitão-tenente Joaquim Leal; Leogilda, esposa do Dr. Alfredo Octávio de Mavignier; Carlinda, viúva do Dr. Emilio de Castro Britto; Nadir, esposa de Lourenço Maranhão; Dr. Generoso Ponce Filho e Altamiro, este, acadêmico de direito.
Desde cedo começou a militar na política, fazendo parte do partido liberal, do qual foi chefe nos últimos anos da monarquia. Por várias vezes fez parte da assembléia provincial. Declarada a República, prestou desde logo o seu apoio ao novo regime. Fez parte da Assembléia Constituinte, da qual foi vice- presidente. Em seguida foi eleito vice-presidente do Estado.
Em 1892 chefiou a contra-revolução que reconduziu o Dr. Manoel Murtinho à suprema direção do Estado, assumindo então a presidência. Em retribuição aos serviços, com o restabelecimento da legalidade, conferiu-lhe o governo do Marechal Floriano a patente de coronel honorário do exército. Em 1894 foi eleito senador federal, posição que ocupou até 1902. Seus discursos no Senado acham-se reunidos em volume.
Em 1907 foi eleito presidente do Estado, cargo que exerceu até 1908, quando, em virtude de doença, renunciou, sendo eleito deputado federal. Na Câmara sustentou forte campanha contra a administração do Lloyd.
Trabalhou assiduamente na imprensa local, e em 1892 assumiu a redação principal do jornal O Mato Grosso. Foi o fundador d e O Republicano, em 1895, e colaborou na imprensa carioca.
Figura de destaque nos fastos matogrossenses, depois de instituído o atual regime, Generoso Ponce alcançou entre nós os postos de maior evidência.
Originário de família obscura, ascendeu por esforços próprios às posições mais salientes. Inteligentíssimo, nenhum outro chefe político gozou em Mato Grosso de prestígio igual ao seu. Incapaz de guardar o espírito de vingança, respeitava o adversário mesmo nos instantes das lutas armadas em que se envolveu. E por isso mesmo não deixou inimigos.
Em seu túmulo, no Rio de Janeiro, ficou esculpido estes dizeres: “Homenagem do Estado de Mato Grosso ao seu dileto filho. Coronel Generoso Ponce. a quem nenhum outro ultrapassou em amor e dedicação à terra natal”. (De um discurso de seu filho, E. Generoso Ponce).
A posteridade dirá melhor o seu conceito.
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Comentários dos Leitores
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Comentário de Lucimara P Amorim (lucinhaberg@hotmail.com) Em 25/05/2012, 13h05 |
Fico feliz |
Em toda minha vida so ouvia falar de td que meus antepassados fizeram e o quanto eles contribuinrao para o futuro que hoje estamos vevendo mais quando eu li tudo sobre meu tio avo coronel generoso ponce foi como se estivece junto com ele em tudo que li e mais do que nunca me orgulho de fazer parte desta familha, e ire contar as historias de meus tios e primos para meus filhos e eles contarao para os meus netos e asim nao deicharemos que se esquecam de onde eles vinheram. fiquem com DEUS e obrigado pela oportunidade de conhecer td isso. att Lucimara P. Amorim |
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