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CURTO & GROSSO
Edição de 21/03/2002
Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br
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O dinheiro levantado através dos empréstimos espíritas realizados pela Mesa Diretora da Assembléia Legislativa foram parar em duas empresas de factoring e no cofre de uma empreiteira, segundo uma fonte de clickmt.
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Diz mais a fonte: existem casos de até três empréstimos realizados indevidamente no nome de uma mesma pessoa.
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Nossa fonte continua sustentando que há empréstimos em nome de pessoas já falecidas.
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Para quem acha que esta história dos empréstimos espíritas não vai dar em nada, que vai ficar tudo por isto mesmo, não custa lembrar que a respeito do Caso Daniel do Indea, em Tangará da Serra, se dizia exatamente o mesmo...
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Só ele mesmo.O polêmico Roberto Campos conseguiu uma façanha: colocar em lados opostos o governo e a Rede Globo. É a primeira vez que isto acontece.
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Na eleição de seu sucessor na Academia Brasdileira de Letras, esta quinta-feira, as Organizações Globo apóiam o performático Paulo Coelho, enquanto FHC cabala votos para o historiador Hélio Jaguaribe -- com certeza na expectativa de uma guaribada em sua biografia.
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Também no páreo, o diplomata Mário Gibson Barbosa.
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O mais provável é que nenhum deles consiga reunir 19 votos e nova eleição tenha que ser realizada.
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Brasília literalmente parou, esta quarta-feira, por conta do três vezes adiado discurso do ex-presidente José Sarney. Veja os trechos mais contundentes, selecionados pelo jornal Correio Braziliense:
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-- A Nação assistiu aos atos de violência que aconteceram no Maranhão. Policiais armados, viaturas embaladas, aparato de efeito utilizados para criar um escândalo contra a candidata à Presidência da República, em ato arbitrário, ilegal, de conotação política e fora da lei.
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-- O próprio presidente da República, cujo foro é o Congresso, tem parado na Câmara um processo de impeachment pedido por renomados advogados, que o acusam da compra de votos para sua reeleição.
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-- Invadem a Lunus sob a capa de descobrir essa vinculação (com irregularidades na Sudam). Ridícula montagem. Mas tudo é secreto, escondido. O acusado não sabe do que é acusado. Invade-se primeiro, depois se propala a finalidade da invasão e a acusação.
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-- Quem acredita neste país, qual o idiota, que uma ação desta magnitude seria armada sem que a máquina estatal de nada soubesse ou dela não participasse? Quem nesse país não sabe que foi uma ação política suja, com propósito determinado?
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-- Na Colômbia sequestra-se também uma candidata e aqui invade-se a empresa da segunda colocada nas pesquisas. No México, matou-se um candidato, Colósio, assassinou-se um outro, Ruiz Massieu, porque também podiam vencer. Tudo vale nesse submundo da podridão das liberdades violadas.
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-- O aparato do Estado espalha, sem defesa, versões, documentos, calúnias. É assim que funcionavam os DOPS, a Gestapo, pior hoje, nesse tempo de comunicação em tempo real, em que a imagem de defesa é impossível.
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-- Há um fato cuja recorrência impressiona e intriga. É que toda referência a esse estilo característico de espionagem e dossiês nasce no Ministério da Saúde e envolve o ex-ministro José Serra. Mais que uma estratégia de campanha, parece uma concepção de governo.
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-- Li, perplexo e decepcionado, a declaração do presidente Fernando Henrique Cardoso de que tudo isto era "tempestade em copo dágua". Foi uma declaração infeliz e reveladora, porque não foi esta sua reação no caso do senhor Chico Lopes, quando se falou em favorecimento pessoal no caso Marka/FonteCidam e bilhete encontrado sobre depósito de US$ 1,6 milhão no exterior.
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-- O atual ministro (da Justiça) é um homem de biografia forte. Tem demonstrado em sua vida atos de extrema violência. Comunga a teoria de que os fins justificam os meios.
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-- Como ocorreu em Watergate, as coisas deixaram pegadas. Aqui também. Algum jornalista vai descobrir a trama e escrever um best-seller vai aparecer. (...) Não é possível que este processo fique oculto para sempre. Que seja apenas uma "tempestade em copo dágua".
-- Sofre a governadora do Maranhão uma perseguição política, pelo fato de ser candidata. Ela não pediu, não disputou, não atropelou ninguém. Seus índices nas pesquisas foram dados pelo povo brasileiro. E ela está pagando por isso.
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