NUNCA SE ROUBOU TAAANTO A OESTE DE TORDESILHAS A "Era da Pilhagem"
&/OU O LEGADO DE SOJA MAJESTADE
Pelo fato de o principal personagem não mais se achar neste plano, vamos sublimar a Era do Desfrute. De qualquer forma, a Contagem Regressiva – foram 100 edições consecutivas – continua e pode ser acessada em nossos arquivos.
A da Pilhagem teve igual tratamento, porém como o elemento anda pelaí operando – ora como senador, ora miministro, legislando em causa própria ou fazendo lobby pra ele mesmo – entendemos por bem dar um plus.
Foram exatos doze anos, a contar de 1º de janeiro de 2003, com a dupla Maggi/Silval no Paiaguás, quadras em que a roubalheira correu frouxa. Com método, claro. Profissionais, promoveram uma "operação controlada".
Salários, dívidas, reajustes a servidores, repasses, tudo mantido escrupulosamente sob controle, "em dias". Tanto que PTX herdou o governo com dinheiro em caixa para honrar os primeiros compromissos.
Naquele período todo – registre-se – não se implorava pela antecipação do FEX ou se atormentava a bancada federal por emendas parlmentares e de bancada. A coisa fluía sem atropelos. O agro-tech segurava a bronca.
Do princípio ao final – em seu núcleo duro, pelo menos – manteve-se os mesmos nomes. Apenas lá pelo finzinho a maionese desandou com os atrasos de repasses federais destinados a bancar as obradas da Copa.
Aí, a empreiteiraiada e prestadores de serviço voaram baixo e dobrou a meta do delta básico, para fazer frente ao vício do carteado, chegando-se ao ponto de o próprio gabinete do governador virar um cassino.
Enquanto isso, no Senado, o herdeirinho mimadinho seguia sua faina, pelo bem-estar do pooovo. Seu primeiro projeto foi o de proibir a pesca no Pantanal por 4 anos. E o segundo – a emenda Trimec – liberar a jogatina.
Miministro, conseguiu a carta patente de um banco para chamar de seu e sucateia a Embrapa, para a Amaggi, via Fundação Mato Grosso, arrematar a preço de bananinha em fim de feira em Nossa Senhora do Livramento.
Em "compensação", revelou-se um puuuta player no mercado mundial de commodities do agro-pop, com invulgar crueldade contra os produtores de proteína de origem animal. Na prática, estraçalhou a cadeia da carne.
Não investe no setor – explica-se – daí a sua lassidão na fiscalização da indústria e total despreocupação com a multiplicação de boicotes mundão afora, entre os quais os EUA e a UE. A rigor, resta a China, que come até escorpião.
De acordo com denúncia do Ministério Público Federal feita em setembro de 2017, os parlamentares seriam integrantes do núcleo político de uma organização criminosa voltada ao cometimento de delitos contra a Câmara dos Deputados, entre outros, visando “a arrecadação de propina por meio da utilização de diversos órgãos públicos da administração pública direta e indireta”.
Daqui a cinco meses o Brasil vai ter eleições para escolher o novo presidente da República. O número de candidatos é quase tão grande quanto o de eleitores – fora um ou outro especialista muito atento, ninguém sabe dizer os nomes de todos, e menos ainda qual poderia ser a utilidade que qualquer deles teria para o país.
O que se sabe, com absoluta certeza, é que nenhum está minimamente disposto a fazer o que seria a sua obrigação mais elementar – combater com clareza e sinceridade o mais infame inimigo que o povo brasileiro tem hoje em dia.
Esse inimigo, um fato provado e sabido há muito tempo, é o estatismo.