Sai Boi-Sapo/Riva, entra Boi-Telho/Maluf – informa o serviço de alto-falantes da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, em suas gravações invariáveis. É a velha política tentando se reinventar com mais do mesmo: entregando os maiores cargos da mesa diretora – presidência e primeira-secretaria, ordenadores de despesas – a uma outra orcrim, cujo projeto de poder contempla as próximas dez legislaturas.
Não tem perigo de dar certo, a se louvar na experiência anterior, que terminou em rombo bilionário e cadeia. E a tendência é que o camburão encoste antes, pela "idade" da capivara de ambos os elementos. Só para variar, a trama vem embrulhada em um gesto de "despojamento". Fantasia ter "abdicado do direito" de virar governador-tampax, ao engavetar o impicha da vestal da Era Bundalelê.
Em verdade, em verdade vós digo: Marcos 17:17 – O sócio de Jotaverissimossarus no monopólio que domina o serviço de transporte coletivo metropolitano pretendia, mesmo, é se autoproteger. Se assumisse o Paiaguás – encabeça a lista sucessória com a renúncia do vice para disputar o Senado – inevitável que a "imprensa de fora" iria expor as catrafuas do governador afastado e as da nova dupla, é claro.
Coisas bem pra lá de edificantes, tipo, receber milhões em propina no Detran através de uma empresa fantasma que "esqueceu" de fechar, porém comparecia para embolsar o bereré. Parece até alma gêmea do "saldoso" sócio – aquele que também não se lembrou de declarar 50.000 bois ao TRE/MT. Embora jamais tenhamos praticado escotismo, não conseguimos resistir a uma boa ação naquele dia.
Essa estória de "não prejudicar a transição" é conversinha pra boi dormir. Não "cola". Curioso, que apenas a nossa estadual, a Janaína, não engoliu a isca com anzol e tudo. Mais: o comportamento do ex-funcionário da Cemat que herdou a Taxa de Iluminação – hoje num dengo só com o MPE – revela medo de ver finar sua carreirinha legisferante. No camburão ou com uma "gargantilha" eletrônica.
O Brasil, como já se noticiou, retirou a sua candidatura como sede do COP-25 de 2019, a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas.
Bem, poder-se-ia ter alegado o custo da realização do evento – estimado em até R$ 400 milhões – e pronto. Se o Brasil tivesse desistido só por causa da situação fiscal, estaria tudo bem. Teria sido até sábio.
Mas sair do acordo sobre o clima por quê? Bolsonaro explicou. Segundo diz, a soberania do Brasil corre risco por causa do famigerado “Triplo A”. Que troço é esse?
Trata-se de um corredor ecológico que uniria Andes, Amazônia e Atlântico e que comporia uma grande área de proteção ambiental e que estaria sob uma espécie de vigilância internacional.
No Acordo de Paris não há a menor menção, nem a mais remota, ao tal “Triplo A”. Essa é uma tese defendida por uma ONG com sede na Colômbia e que, curiosamente, já alimentou muita teoria conspiratória das esquerdas.
Mais: ainda que o Acordo de Paris quisesse abraçar a proposta, não teria como fazê-lo sem o voto favorável do Brasil.
Jair Bolsonaro e seus homens não precisam acreditar no desequilíbrio climático. Podem até considera-lo invenção e besteira.
Mas estão obrigados a reconhecer que o debate existe e que ele é fundamental para um país que é, como o Brasil, exportador de commodities agrícolas e minerais.
Por ainda ser governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, detido na manhã de hoje no Palácio Laranjeiras na "Operação Boca de Lobo", será transferido para o Batalhão Especial Prisional de Niterói (BEP), onde já está o ex-procurador-geral de Justiça do Rio, Claudio Lopes.
Uma articulação liderada pelo vice-líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (PSL-GO), conseguiu barrar ontem a votação do requerimento de urgência do projeto de lei que trata sobre do perdão das dívidas do Funrural (PL 9252/17), de autoria do deputado Jerônimo Goergen (PP-RS).
A proposta – apoiada pela Frente Parlamentar da Agropecuária –, que estava na pauta do dia extingue o pagamento do passivo gerado pela cobrança do Funrural e ganharia prioridade de votação em Plenário com a aprovação do requerimento de urgência.
No julgamento sobre o caso do indulto, os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal não decidirão apenas se Michel Temer pode ou não livrar corruptos da cadeia por decreto.
Os magistrados estão prestes a proferir um veredicto sobre a própria Suprema Corte brasileira.
Retomarão nesta quinta-feira a análise iniciada na véspera. O risco de autocondenação lateja no plenário.
Primeiro a votar depois do relator, Alexandre de Moraes confirmou todos os receios de que um pedaço do Supremo está, sim, decidido a: 1) chancelar o indulto decretado por Temer, 2) passar uma mensagem pró-impunidade; 3) construir um país de descrentes; e 4) posicionar a Suprema Corte do lado avesso da história.