COMBATE A CORRUPTOS NÃO EMPOLGA GOVERNADORES Me inclua fora dessa
O general-presidente João Baptista de Figueiredo chamou o polivalente economista Hélio Beltrão à Granja do Torto em 1979 e, como de hábito, foi curto e grosso: O que é preciso para acabar com a burocracia? Uma mesa, um telefone e uma secretária, ouviu como resposta. "Amanhã mesmo sai o ato no Diário Oficial: você será Ministro Extraordinário da Desburocratização". Assim, na bucha, sem cuspe.
Imediatamente o antigo DASP – Departamento Administrativo do Serviço Público tratou de elaborar um organograma bem "enxuto", até para fazer jus à denominação. A novidade assanhou o Congreso: os senadores e deputados federais cuidaram de criar uma representação em cada Estado, sem esquecer do nome da pessoa talhada para cargo, este com direito a carro preto, motorista, diárias, o escambau.
Deu-se, então, o tal efeito cascata: associações de prefeitos pressionaram as de vereadores, que por sua vez – foi "difícil" – finalmente acabaram persuadidos a criar as respectivas secretarias municipais, face o espontâneo clamor popular pelo "benefício". Virou cabide. E a única coisa boa produzida pelo fugáz ministério – o fim da obrigação de reconhecer firma – sucumbiu à ganância da Bancada do Carimbo.
Professor Beltrão, o primeiro e único titular da pasta era um cara "bolachão" – royalties para Jotaverissimossaurus – e contava essa passagem com bom humor. Fenômeno idêntico de reprodução repetiu-se quando da invenção do curioso Ministério para Assuntos Estratégicos, entregue por Lula ao esquisito filósofo de maus-bofes Roberto Mangabeira Unger – aquele mesmo que desaprendeu até falar Português.
Well... Estas considerações vêm a propósito do recém-parido Ministério de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado, que reúne todas as Polícias sob a toga do Ministério da Justiça. O estranho – e sintomaticamente revelador – é que nenhum novo governo estadual, inclusive o de Mato Grosso – tão prolífero no qüesito (Aloprados I e II, Sanguessugas, Grampolândia...) – sequer tenha manifestado intenção.
O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, prepara o terreno para aperfeiçoar o teto de gastos (mecanismo que proíbe que as despesas cresçam em ritmo superior à inflação) com auxílio de uma cláusula que permite a desindexação e desvinculação do Orçamento do governo até que o crescimento das despesas seja controlado.
A companhia alemã "embicou" sob fortíssima pressão de investidores por causa do aumento no número de processos envolvendo o herbicida Roundup, à base de glifosato, fabricado pela Monsanto, empresa que a Bayer adquiriu recentemente