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CURTO & GROSSO
Edição de 08/08/2001
Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br
00:00
Um político da Capital está entre os suspeitos de mandar executar o vereador Daniel do Indea (PSDB), em Tangará da Serra.
O assassinato aconteceu há mais de um mês -- o vereador foi executado na madrugada do dia 3 de julho, logo depois de votar contra a privatização do serviço de água e esgoto do município -- e até agora a polícia não esclareceu o crime, apesar das promessas feitas à época.
Pelo contrário: sem explicação, o delegado regional solicitou que o inquérito corresse em segredo de Justiça -- o que reforça a convicção de que tem "caça grossa" envolvida no caso, segundo uma fonte de clickmt no meio policial.
De acordo com nossa fonte, o crime não tem qualquer relação com a votação que resultou na privatização do serviço de água. O mandante apenas aproveitou a exaltação de ânimos -- pró e contra o vereador -- na época da votação, na tentativa de dar uma conotação política ao assassinato.
Nosso informante adianta, ainda, que a execução está diretamente relacionada às atividades do vereador como chefe do escritório regional do Indea -- Instituto de Defesa Agropecuária.
Lembra que Daniel do Indea era o responsável pelo combate à febre aftosa e pelo controle de entrada e saída de gado da chamada Zona Tampão.
A rigorosa atuação do vereador -- sempre de acordo com nossa fonte -- estaria contrariando interesses econômicos e políticos muito poderosos, inclusive na Capital.
Nossa fonte chama atenção, também, para outro fato: o delegado especial designado para esclarecer o caso passa mais tempo em Cuiabá que em Tangará da Serra, onde ocorreu o crime.
Em Tangará da Serra, um mês depois do crime que revoltou e comoveu a cidade, a desconfiança é generalizada. A população teme que a morte de Daniel do Indea caia na vala comum dos "crimes insolúveis".
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