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CURTO & GROSSO
Edição de 10/08/2001
Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br
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A população de Vila Rica, no Baixo Araguaia, viveu cenas de máxima tensão e extremo pavor. Bandoleiros armados invadiram a cidade, assaltaram uma agência bancária, mataram um policial, provocando pânico na população.
Um segundo policial e alguns populares também ficaram feridos no tiroteio que transformou a cidade numa verdadeira praça de guerra.
A cena -- no velho estilo far-west --, lamentavelmente, não é um caso isolado. Nos últimos anos, cidades e populações inteiras já ficaram reféns de bandos armados, em Mato Grosso. Até o delegado e o destacamento policial foram rendidos, para faciliar o "limpa".
É a modernização "dantesca" chegando ao interior, onde policiais desmotivados e mal equipados não reúnem as mínimas condições de enfrentar em condições de igualdade a bandidagem.
Agrava a situação o fato de boa parte dos policiais -- civis e militares -- serem mandados da Capital para o interior ou deslocados de uma cidade para outra, não por razões de ordem operacional, mas por vingança pura e simples de comandantes ou de políticos que tiveram interesses contrariados. É o caos!
Na raíz do descalabro no setor está o fato de o governador e comandante em chefe da Policia Militar não exercer qualquer tipo de autoridades sobre seus supostos comandados. A PM teve oito comandantes em seis anos e o secretário de Segurança -- aquele mesmo que teve vontade de gritar quando tomou pé da situação -- só permanece no cargo porque ninguém quer substituí-lo.
A única providência na área de "segurança" se resume em comprar carros -- sempre do mesmo felizardo vendedor, que por acaso é irmão do comandante-em-chefe da PM -- e em reforçar o contingente e equipar o Batalhão de Trânsito, isto porque sua atuação rende dinheiro sob a forma de multas.
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